WHITES ONLY Ou a vã tentativa de transformar o extraordinário em rotina Estive recentemente na África do Sul, mais especificamente na Cidade do Cabo. Foi uma missão preparada com vários meses de antecedência, sendo que uma das tarefas mais importantes que me atribuí não tinha nada a ver com o que, formalmente, justificava a minha viagem. Queria conhecer a sociedade sul-africana por dentro. Baseado em experiências anteriores, vividas noutras longitudes, noutros tempos e em diferentes momentos históricos, tinha uma ideia elaborada sobre como atingir esse objectivo. Estava muito confiante. Não esperava dificuldades, nem surpresas maiores. Mas, como que a querer confirmar que, definitivamente, " das Leben laeuft nicht geradelinig” , elas aconteceram… Uma vez no terreno, assumi propositadamente a atitude de um adolescente que, com um sofisticado smart phone na mão, desses que abundam no mercado de Bandim importados não se sabe ao certo se da China ou do Dubai, se entretém...