Quem dá mais?
Quem dá Mais? ( Ou a tragédia anunciada da nova geração de djilas di kuru [1]) “… o único ser que poderia talvez contemplar um espectáculo tão sem esperança , e abranger sua falta de sentido, teria de ser um deus. Era isso! Talvez os homens tivessem inventado os deuses para sentirem o que não podiam sentir, e achassem conforto na compaixão que os deuses sentiam por eles … ”[2] Na viragem deste que a muitos títulos e em várias partes do planeta foi um ano de barbaridade suprema, não param de circular mensagens marcadas por uma flagrante ‘ falta de sentido’ , tão-somente replicando a velha retórica, ignorando, por convicção ou por conveniência, o pulsar do quotidiano dos novos ‘condenados da terra’. É como se nada tivesse acontecido – e o que está a acontecer não fosse nada, absolutamente nada! Face à tamanha ‘falta de sentido’ (e de sentimento?) é todavia bem evidente que a realidade (entenda-se espectáculo) é por demais viva e colorida, bem patente aos o...